No evento #Glamournaestrada que aconteceu em Porto Alegre e que contei no penúltimo post (clique aqui para ler), a Adriana Bechara, editora de moda da Revista Glamour, dividiu com a gente um pouco do conhecimento de moda dela e nos contou quais são as 7 marcas que estão mudando a cara da moda e que a gente precisa conhecer melhor.
E agora, eu conto esse segredo aqui no blog para vocês!
Top 7 grifes de moda que ditam tendência
1. Gucci (Alessandro Michele)
Troca de diretor criativo da marca, Alessandro Michele, substituiu a Frida Giannini no início de 2015 e ele conseguiu fazer uma ruptura do que vinha acontecendo na casa Gucci e criar um verdadeiro Buss em torno do desfile que ele lançou, principalmente no desfile masculino, em que ele lançou uma tendência que está agora super em alta, que é a agênero ou sem gênero. A ideia é não generalizar e nem ditar o que é próprio ou não para homem e para mulher, sendo que um mesmo modelo de roupa pode ser usada por qualquer um. Ou seja, a intenção é cada pessoa usar o que achar melhor e o que se sentir bem, sem ligar para a questão de diferenciação de gêneros, que é tão existente na nossa sociedade.
“Não importa mais qual a moda vai se usar, mas como vai se usar a moda. Então é style, não tem mais nada para ser inventado, não tem mais nada para ser lançado. Pode tudo, todo mundo faz tudo. Então, como cada pessoa vai usar a roupa? Isso é o grande assunto hoje da moda. O style.” diz Adri Bechara durante a apresentação da Gucci.
2. Valentino (Maria Grazia Chiuri and Pierpaolo Piccioli)
A dupla Maria Grazia Chiuri and Pierpaolo Piccioli foram designers de acessórios da Valentino por 10 anos e em 2008 substituíram o próprio Valentino, quando ele resolveu se aposentar. Por conta do know how de acessórios que Maria e Pierpaolo tem, eles começaram a dar mais destaque à esses detalhes em metais e pedras, como por exemplo o famoso scarpin Valentino com spikes, que foi criado por eles e virou um grande case de sucesso. A partir desse novo olhar, a dupla criou uma imagem mais jovem e comportada para a grife. Isso contrapõe ao que a maioria das pessoas e marcas pensam, que para vender bem deve-se fazer uma modelagem sexy, que o que é sexy e ousado vende mais. Ou seja, eles quebraram esse tabu de uma forma super autoral.
3. Saint Laurent ( Hedi Slimane)
O Yves Saint Laurent é um fenômeno na história da moda, e quando Hedi Slimane passou a dirigir a grife, ele fez uma ruptura tão chocante e diferente do que o próprio Yves fazia que muitas pessoas não gostaram. Ele não pegou nada do que a casa francesa tinha, nenhuma identidade ou elemento, não fez nenhuma releitura. Hedi foi para um estilo super rock’n’roll e, por isso, além de ser odiado por muito foi, ao mesmo tempo, muito mais elogiado, a maioria das pessoas curtiram essa mudança. E esse estilo “podrinho”, com uma modelagem mais básica, está aparecendo bastante na moda.
4. Givenchy (Riccardo Tisci)
Riccardo Tisci completou 10 anos na grife e ele tem uma história dentro da Givenchy e muitos fatos marcantes que podem ser listados. Um deles é ter introduzido a primeira modelo transsexual na passarela, a Lea T(brasileira). Ele lançou o estilo gótico religioso, uma estética bem forte de moda. Também criou, há uns 5 anos, a estética espelhada, com estampas florais tipo asa de borboleta, e é usada até hoje. Trouxe o universo pop de Kanye west e Jay Z para dentro da Givenchy, trazendo o estilo high-low e criou uma marca ainda mais desejo.
5. Céline (Phoebe Philo)
A Phoebe Philo foi assitente da Stella Mccartney na Chloé, e se destacou bastante, quando foi para Céline. Phoebe redefiniu o estilo da mulher contemporânea, trazendo o estilo minimalista e criando peças bem sóbrias, mais básicas, sem muita extravagância e modelagens complexas. O que foi uma ruptura no mundo da moda. O que ela se importa é com o acabamento e com o simples, o que torna as peças e a marca super cool!
6. Burberry (Christopher Bailey)
Christopher Bailey é CEO da marca londrina, Burberry. Ele é muito criativo, tem uma visão digital e um radar social muito forte, sendo que foi o primeiro estilista a pesquisar nas redes sociais, à estar estrategicamente posicionado para entender o que está acontecendo nas ruas, na internet, ou seja, fora das passarelas e desfiles. Ele conseguiu aliar todo o glamour de uma grande marca de moda com esse mundo tão globalizado e tecnológico. No último desfile da Burberry, a questão do agênero também foi trabalhada, com peças que podem ser usadas tantos por homens quanto por mulheres.
Christopher Bailey sempre escolhe para a campanha da burberry uma it-girl da cena londrina, que acaba virando um hit que todos querem saber quem é, ou seja, também pode ser considerado um olheiro de modelos. Já foi a Alexa Chung, a Cara Delevingne, e agora é a Ella Richards, que inclusive é neta do guitarrista do Rolling Stones, Keith Richards. Fiquem de olho nela!
7. Prada (Miuccia Prada)
A última marca não poderia ser outra!
Miuccia Prada é a estilista mais influente da moda há várias temporadas. Cada coleção que ela cria mexe com as pessoas, que ficam comentando e debatendo, se gostaram ou não. Para a Adri, as coleções da estilistas não passam em branco, dão o que falar, sempre!
Em 1913, a família de Miuccia criou a Prada, um comércio de artigos em couro. Quando jovem, ela estudou ciências políticas e ingressou na carreira política de esquerda. Foi só em 1988 que assumiu a marca da família, junto com o marido. Eles criaram uma casa para a grife e Miuccia Prada se tornou uma das mulheres mais ricas do mundo. Ela conseguiu transformar a humilde empresa de família em um grande negócio, e influenciar muitas pessoas, até hoje!
Diferente de muitas grifes que atualmente fazem parcerias com marcas fast fashion, Miuccia se recusa, além de, também, se recusar a criar peças sexys só para vender.
Uma das frases mais conhecidas e reflexivas de Miuccia Prada é:
“O que você veste é como você se apresenta para o mundo – especialmente hoje, quando os contatos pessoais são tão rápidos. A moda é uma linguagem instantânea”.
As coleções dela são sempre icônicas! A imagem de moda é muito forte, mas, ao mesmo tempo, muda completamente de uma temporada para outra.
Ela costuma fazer um crossover, que é a utilização de duas coisas que não conversam. Por exemplo uma peça muito chique com outra duvidosa/cafona e que quase sempre as pessoas compram a ideia e começam a gosta/usar. E é isso que torna a marca de Miuccia Prada uma das mais interessantes.
Para 2016, a Prada lançou uma coleção com uma paleta candcollors, com estilo anos 60.
Espero que tenham gostado e aproveitado as dicas 😉
Boa semana, amores!
Muito bacana, meu momento de ouvinte e leitora. Teu Post, segue de maneira natural o que foi colocado,pela palestrante. Bem interessante, modelitos usados, tanto masculino, como feminino. Gosteiii… Bjinhos.
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